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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

EU AMO AS FLORESTAS! I LOVE FORESTS!

Floreta Negra / Black Forest
Nestes dias de primavera em que os céus são azuis, eu suspiro de saudades por um local distante: A "Floresta Negra" (www.hotelflorestanegra.com.br ). Um belo hotel onde eu passei as férias com Mamãe no último janeiro. Foi a minha primeira vez na liberdade da Natureza. Eu não acreditava que fosse possível ser tão feliz! Eu corria pelos campos, eu brincava com outros cachorros, a terna Mel e o Gigante, e até com um lindo cavalo branco, o qual tornou-se meu bom amigo, chamado "Tordilho" e  ele deixava eu dar lambidinha em seu fucinho e correr entre suas longas pernas, apenas porque eu era amigo de Mel e ela era a melhor amiga dele.

In this days of springtime when the skies are blue, I sighed of longing for faraway place: The  "Black Forest" ( www.hotelflorestanegra.com.br ).  A beautiful hotel when I spent a vacation together with Mammy last January. It was my very first time in Nature freedom. I did believe that it was possible to be so happy! I ran across the fields, I kidded with others dogs, the tender Honey and the Giant, and till with a pretty white horse, who became my good friend, named "Tordilho," and he let me to give little licks in his muzlle and to run between his long legs, only because I was Honey's friend and she was his bestfriend.

Bubu estava conosco também, mas ela não parava de falar sobre outra floresta, e ela dizia que esta era a maior floresta do mundo todo! Eu perguntei a ela onde era esta maior floresta do mundo, e se ela já tinha estado lá. Ela contou-me que ela foi lá com Mamãe há muito tempo, e o nome da floresta era Floresta Amazônica, ao norte do nosso país, o Brasil, e é muito muito longe de onde nós vivemos. Bubu disse que ela é uma "defensora da floresta," e ela sempre vai à floresta com seus poderes mágicos para dar notícias  do movimento mundial de conservação das florestas para o povo da floresta. Eu perguntei para ela: "– Mas, vive gente na grande floresta como vive em São Paulo?" E ela riu de mim, e ela disse que é um modo muito diferente de vida, e parecia muito pouco com a "Floresta Negra,"que era apenas uma amostrinha do que realmente uma floresta é.

Meus amigos Mel e Gigante/ My friends Honey & Giant


TORDILHO


Bubu was also together with us, but she did not stop to talk about other forest, and she said that this forest is the biggest forest of the world! I asked her where it was this biggest forest of the world, and if she had been there. She told me that she went there with Mammy a long time ago, and the name's forest is Amazon Forest, at north of our country Brazil and it's far far away of where we live. Bubu said she is a "defender of the forest," and she ever goes to the forest with her magic powers to report the news about the world forests conservation movement for the forest's people. I asked her: "– But, do people live in this big forest as they do in São Paulo?" And she laughed at me, and she said it'is too diferent way of life, and it seemed pretty little as "Black Florest, " who was one samall forest sample about what a really forest is.


Bubu "a Defensora da Floresta" /Bubu "The Defender of Forest" 

Então, quando nós voltamos para casa, eu estava muito curioso sobre a Floresta Amazônica e eu pedi para Mamãe contar mais sobre ela para mim. Ela mostrou-me muitas fotos da última vez que ela esteve lá e Bubu mostrou-me uma ilustração da última visita ao povo da floresta. Eu não acreditava em meus olhos! Como era diferente! Quanto animais extraordinários viviam na grande floresta! Como era verde, parecia um mar verde sem fim! Eu vi numa foto um doce gatinho nas mãos da Mamãe e era impossível acreditar que aquela coisinha um dia tornaria um gatão enorme! Uma onça!


Oncinha/Little Panther
Onçona/ Big Panther




















 

 Then, when we returned home I was very curious over the Amazon Forest and I asked to Mammy to tell me more about. She showed me many photos at last time she had been there and Bubu showed one picture of her last  magic visit to the forest's people. I did believe in my eyes! How different it was! How many amazing animals lived in this big forest! How green it was, it seemed a endless green sea! I saw in the photo a sweet kitten in the Mammy's hands and it was impossible to believe that little thing one day would became a pretty big cat! A panther!






Mamãe embarcando no avião da FAB / Mammy is goig on board in Brasilian Air Force's Airplane
Mas, a melhor parte foi quendo Mamãe contou-me a história sobre um menino chamado Poti e eu contarei para vocês a história dele como Mamãe contou para mim:

But, the best part was when Mammy tell me the history about a little boy named Poti and I will tell to you his story how Mammy told to me:


A resposta de Poti

Poti’s Answer 

Poti & seu Amigo Oficial /Poti & his Officer Friend
              "Poti é um jovem menino que pertence ao povo Ianomamy. Poti não é alto para a sua idade,  mas aparenta  mais forte do que os outros garotos comuns da sua idade. Seu cabelo é preto como a noite, sua pele é como um dourado por de sol, seus olhos parecem ser duas pedras de oxiz brilhantes em seu rosto e ao primeiro olhar nota-se que ele tem um inteligência brilhante.                 

                "Poti is a young boy who belongs to the Ianomamy people. Poti isn’t tall for his age, but looks stronger than other common boys of the same age. His hair is black as the night, his skin is like the golden sunset, the eyes in his face seem to be two brilliant onyx stones and at first sight everyone notices that he has vivid intelligence.

            


        Poti vive numa remota terra das mais longínquas, onde a civilização não tocou mais que o necessário, e por essa razão, o lugar ainda permanece um Paraíso perdido no nosso louco mundo.  A montanha do Surucucu é uma ilha no meio do mar verde da Floreta Amazônica, no seu topo está um Pelotão de Fronteira do Exército Brasileiro, tem uma vila onde vivem os soldados, próximo a vila tem uma pista de pouso, e do outro lado da pista  é o lugar da casa de Poti. A casa  é grande o suficiente para sua família, seus parentes, e algumas outras famílias Ianimamy têm vivído com eles desde que Poti teve seu primeiro pensamento. 






Pista de Pouso Surucucu/Surucucu's runway












Poti lives in a remote furthest land, where civilization hasn’t touched more than necessary, and for this reason, the place still a lost Paradise in our mad world. The Surucucu Mountain is an island in the middle of a green sea of the Amazon Forest, in its top has a Brazilian Frontier Base, there is a village where live the soldiers, near the village have the aircraft’s runway, and the other side of  the runway it is the place of Poti’s home. The house is large enough and his family, his relatives, and some other Ianomamy families have lived together with them since Poti had his first thought.




Apoio daFAB/Brasilian Air Force's Support 
Não há portas, nem janelas, nem salas e quartos e nem qualquer privacidade no lar de Poti. Tem apenas um enorme salão abaixo de um fantástico teto alto feito de folhas de palmeiras, e no meio dele, um buraco permite a luz do sol entrar para dentro, e a fumaça da fogueira sobe e sai pelo  buraco levando junto o cheiro da comida, a qual está quase sempre cozinhando. O buraco tem apenas um problema: quando chove a água caí dentro do salão e molha o solo, apesar disso ninguém se importa com a lama.

 There are no doors, nor windows, nor rooms and neither any privacy at Poti’s home. There is only a big hall below a fantastic high roof made of dry palm leaves, and in the middle of it, a hole allows the sun light to came inside, and the smoke from bonfire comes up and goes out through the hole bringing together the smell of the meal, which is often cooking. The hole has only one little problem: when have rain the water goes down to the hall and wets all the soil, although no one matters about the mire.


O lar de Poti/Poti's Home
               A despeito da dura tradição e regras severas Ianomamy, Poti tornou-se um índiozinho moderno. Ele aprendeu português muito facilmente, porque desde que ela era uma crianinha, Poti costumas falar bastante com os oficiais e soldados brasileiros, apesar deles não falarem nenhuma palavra da língua Ianomamy. É proibido para um Ianamamy ensinar sua linguagem para alguém que não seja um Ianomamy. Essa proibição tradicional é uma dos muitos segredos estartégicos que o povo Ianomamy usa para conservar seu poder, eles entemdem muito bem o que os brasileiros estão falando entre eles, enquanto os brasileiros não podem entender o que os Ianomamys estão falando sobre eles. Assim, desta maneira Poti aprendeu portugu6es muito bem e comprovou sua genialidade.  

            Despite the tough tradition and strict rules Ianomamy, Poti became a modern little indian. He learned Portuguese very easily, because since he was a child, Poti used to talk a lot to Brazilian officers and soldiers, even though they didn’t speak any Ianomamy language’s word. It’s forbidden for an Ianomamy to teach his language to someone who is not a Ianomamy. This tradicional ban is one of many secret strategies which the Ianomamy people use to maintain their power; they understand very well what the Brazilian guys are speaking between them, while the Brazilian cannot understand what the Ianomamy are talking about them. So that Poti learned Portuguese very well and this proves his genius.


                  Dia após dia, Poti dá mais e mais atenção ao sua ambição secreta: tornar-se um oficial mitar brasileiro. Ele sempre pensou sobre as diferenças das maneiras de vida do povo Ianomamy e do povo brasileiro. Ele tem sofrido críticas constantes de ambas as partes à sua ambição, mas ele permanece acreditando que será possível para ele ser uma Ianomamy e também um oficial brasileiro. Ele tem um bom argumento quando alguém diz um "Não" para sua esperança. Ela apenas tem uma pergunta pronta em sua boca: "– Se todo garoto pode ter um sonho para fazer alguma coisa quando crescer, por que eu não posso?" Até agora, ninguém tem dado uma boa resposta capaz de fazer Poti desistir de seu sonho.  

            Day by day, Poti gives more and more attention to his secret ambition: to become a Brazilian military officer. He always thought about the differences between the way of life of the Ianomamy people and the Brazilian people. He had suffered from both sides continuous criticism to his ambition, but he stills believing that it will be possible for him to be an Ianomamy and also a Brazilian officer. He has a good argument when somebody say one “No” to his hope. He just has a question ready in his mouth: “ – If every boy can have a dream to do something when he gets older, why can not I?” Until now, nobody has given him a good answer capable to make Poti to give up of his dream.


               Ninguém sabe o que Poti always does: ele tem estado ouvindo bastante radio toda hora que ele pode, também ele está fazendo um esforço para ler cada jornal que cai em suas mãos, de modo que ele sabe bem que há uma outra realidade além de sua floresta, a qual ele quer ver e onde também ele gostaria de conquistar o seu lugar. Poti sonha com um Novo mundo como muita gente sonhou antes dele. Esta é a verdade: alguém precisa ser um sonhador primeiro, para ser um conquistador mais tarde, e todo conquistadors foi um dia um sonhador. Assim, sem dúvida, Poti será um conquistador um dia. Com certeza, ele será!"   

            Nobody knows what Poty always does: he has been hearing radio every time he can,  as well as he is making an effort to read every newspaper which has fallen in his hands, so that he now knows well that there is another reality beyond his forest, which he wants to see and where also he would like to conquer his place. Poti dreams about a New World as many people dreamed before him. That is the truth: one must be a dreamer first, to be a conqueror later, and every conqueror was one day a dreamer. Thus, without doubt, Poti will be a conqueror one day. Of course, he will be! "


Pelotão Indígena Brasileiro/Brazilian Indigenous Platoon
Eu perguntei para Mamãe se ele sabia se Poti tornou-se um oficial militar, ela disse que ela não sabia, porque tem uma lei brasileira que proibe os Ianomamy de tornarem-se um soldado como os outros provos indigenas podem, mas no caso de Poti qualquer coisa é possível,  ela disse, porque ele é um sonhador e ele poderia ter alcançado seu sonho. Mamãe falou: "– A esse tempo, Potí é já um homem com seu irmãozão e eu espero que ele tenha realizado seu desejo e ele seja agora um soldado orgulhoso com seu irmãozão é como um advogado. Toda pessoa no mundo merece a chance de realizr seus sonhos de exist6encia, esppecialmente se eles dão o melhor de si para trazer suas esperanças para a realidade.

I asked Mammy if she knew whether Poti became a military officer, she said that she didn't know because it have a brazilian law that bans the Ianomamy persons to become a soldier as other indian's people can, but in the case of Poti everything is possible, she said, because he is a dreamer and he could  to have reached his dream. Mammy spoke: "– At this time Poti is already a man like your big brother and I hope he had realized his desire and he is now a proud soldier as your big brother is as a lawyer. Every people in the world deserve the chance to realize their dreams of lifetime, especially if they do their best to bring their hope to reality. 

Essa bela história levou me a pensar sobr o que eu serei quando eu crescer, e eu sei do fundo do meu coraçãozinho que eu quero ser um REPÓRTER!!! Yes, eu gosto demais de conversar com as pessoas e elas gostam de contar-me sobre suas vidas, logo eu acredito que eu serei o grande, o melhor repórter do CORAÇÃO DA CIDADE!!!!! Sim! Eu serei! 

This beautiful history let me think about what I will be when I will grow up, and I know in deep of my little heart that I want to be a REPORTER!!! Yes, I like too much talk with persons and they like to tell me about their lives, then I believe I will be the great, the best reporter at THE HEART OF THE CITY!!!!! Yes! I will be!




NOTÍCIAS DOS POVOS DA FLORESTA!
News Forest's People


17 Nov 2011



Terra Brasil - há 1 hora
Se os indicadores sociais da Amazônia estão aquém da média nacional dos países que compartilham a floresta, as populações indígenas são ainda mais vulneráveis. O relatório "A Amazônia e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" avaliou indicadores de ...

Se os indicadores sociais da Amazônia estão aquém da média nacional dos países que compartilham a floresta, as populações indígenas são ainda mais vulneráveis. O relatório "A Amazônia e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" avaliou indicadores de nove países - Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa - e identificou resultados piores para os indígenas.
O levantamento mostra que nos nove países há 1,6 milhão de indígenas, de 375 povos. Nem todos vivem em territórios reconhecidos, o que, segundo os pesquisadores, tem impacto direto na subsistência e na qualidade de vida das comunidades. "A erradicação da pobreza e da fome está intimamente associada à garantia do usufruto de seus territórios tradicionais. A consolidação territorial é que permite que as populações indígenas possam produzir seus alimentos por meio da pesca, caça, agricultura etc", conclui o trabalho.
Os piores resultados estão relacionados à saúde. A ausência de serviços básicos e as distâncias geográficas na região acabam excluindo as populações indígenas do atendimento de saúde. A alta incidência de malária, tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis entre essas populações confirma a desigualdade. A taxa de incidência de tuberculose entre os indígenas do Brasil, por exemplo, é 101 para cada 100 mil pessoas. A média nacional é 37,9 casos para cada 100 mil. Na Venezuela, há tribos que registram 450 casos de tuberculose para cada 100 mil pessoas.
"A entrada do HIV (o vírus da aids) em comunidades indígenas representa risco imensurável para essas populações, já que em muitas delas a poligamia é parte da cultura e o acesso a informação e métodos de prevenção é escasso", acrescenta o texto.
A mortalidade infantil também é um indicador crítico entre os indígenas. No Brasil, segundo o levantamento, a mortalidade de crianças indígenas em 2007 foi de 50 para cada 1 mil nascidos vivos, duas vezes maior que a média nacional. Na Venezuela, as taxas de mortalidade infantil entre os indígenas chega a ser dez vezes maior que a média nacional. Entre as principais causas de morte de crianças indígenas estão a desnutrição, a pneumonia e a desidratação, segundo a pesquisa.
O estudo também destaca o baixo número de escolas indígenas, apesar da existência de leis nacionais que garantem educação escolar indígena diferenciada e adequada à realidade das comunidades.
Em relação aos indicadores ambientais, que estão incluídos entre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o relatório também aponta ameaças às comunidades indígenas. Apesar de estarem entre as áreas mais preservadas da Amazônia em todos os países analisados, as terras indígenas estão sob pressão por causa da exploração dos recursos naturais, principalmente do desmatamento e da mineração. No Brasil, segundo dados do Instituto Socioambiental (ISA) citados no estudo, pelo menos 99 terras indígenas estão sob ameaça permanente.

Jornal do Brasil - há 2 horas
Com 34 milhões de habitantes em nove países, a Amazônia tem indicadores sociais ainda distantes dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). A avaliação considera indicadores de nove países que compartilham a floresta: o Brasil, a Bolívia, ...

Hoje às 06h46 - Atualizada hoje às 06h47
Amazônia está longe de cumprir Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Luana Lourenço
AGENCIA BRASIL

Com 34 milhões de habitantes em nove países, a Amazônia tem indicadores sociais ainda distantes dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). A avaliação considera indicadores de nove países que compartilham a floresta: o Brasil, a Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Venezuela, o Suriname, a Guiana e a Guiana Francesa e está no relatório A Amazônia e os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.
A pesquisa foi organizada pela Articulação Regional Amazônica (ARA) e divulgada durante o encontro Cenários e Perspectivas da Pan-Amazônia, organizado pelo Fórum Amazônia Sustentável.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio propõem metas para melhorar indicadores de pobreza, educação, saúde, desigualdade de gênero, mortalidade infantil e materna e de meio ambiente. Estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, os ODM têm metas a serem cumpridas até 2015.
Desde a década de 1990, a Amazônia registrou melhoria na maioria dos indicadores, mas os avanços não foram significativos e ainda deixam os índices regionais abaixo das médias nacionais. Dos oito objetivos estabelecidos até 2015, apenas um já foi alcançado na parte amazônica de todos países analisados no estudo: a eliminação da desigualdade de escolaridade entre homens e mulheres.
“Faltam poucos anos para o prazo estabelecido pela ONU para o cumprimento das Metas do Milênio e ainda há muito trabalho para que sejam cumpridas na Amazônia. Há muita diferença de resultados entre os países que compõem a Amazônia, assim como variações internas”, diz o relatório.
Com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 330 bilhões, a região abriga desigualdades e desafios que dificultam a superação da pobreza, uma das principais metas da ONU. De acordo com o estudo, cerca da metade da população que vive na região amazônica desses países encontra-se abaixo da linha de pobreza, com situação crítica no Equador e na Bolívia.
“A Amazônia é sempre a parte mais pobre de cada país porque é uma região que tem padrão de desenvolvimento baseado ainda na extração de recursos naturais, com grande impacto ambiental associado. E os modelos de agregação de valor em uma economia mais intensiva são ainda incipientes. Se desmata e continua pobre, a solução não é desmatar para gerar riqueza”, avaliou o coordenador nacional da pesquisa, Adalberto Veríssimo, do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
O Brasil é citado como o único país da região que já cumpriu a meta de reduzir pela metade a proporção da população que sofre de fome. O país tem, por exemplo, taxa de desnutrição infantil de 4%, bem abaixo da média dos países latino-americanos (10%). O Peru e a Bolívia ainda registram taxas altas, com mais de 20% de crianças desnutridas.
A falta de saneamento e baixas taxas de emprego formal também estão entre os obstáculos para a redução da pobreza na Pan-Amazônia, segundo o trabalho.  Os índices de desemprego na região são baixos, mas a informalidade é alta. De acordo com o levantamento, mais da metade da população amazônica economicamente ativa trabalham no mercado informal, sem benefícios e direitos sociais.
“Também persistem problemas sérios como o trabalho infantil e o trabalho forçado”, aponta o relatório. Só no Brasil, mais de 15 mil pessoas foram resgatadas de trabalho análogo à escravidão entre 2003 e 2009 em regiões rurais da Amazônia,  segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) citados no documento.
As taxas de mortalidade materna e infantil – que permanecem altas em alguns países –, a grande ocorrência de doenças como a malária e a tuberculose e o aumento da propagação da aids também rebaixam os indicadores da Pan-Amazônia e distanciam a região do cumprimento dos ODM relacionados à saúde. De acordo com o levantamento da ARA, a mortalidade infantil caiu em todos os países amazônicos, mas não o suficiente para ser reduzida em dois terços até 2015, como previsto nas metas do milênio, com exceção da Venezuela.
Em relação aos indicadores de educação, todos os países avaliados conseguiram aumentar a taxa de matrícula na educação básica, que alcança 90% das crianças em idade escolar.  No entanto, mais de dois terços das crianças que ingressam na escola estão fora da idade adequada. Na Amazônia brasileira, por exemplo, 26% dos estudantes da educação básica em 2008 tinham idade superior à recomendada para a série, segundo dados apresentados na pesquisa.
Além da distorção idade-série, a evasão escolar também compromete melhores resultados nos indicadores educacionais da região. “Ainda que o crescimento da taxa de matrícula seja um avanço importante, os países precisam aumentar esforços e investimentos para que os estudantes completem o ciclo escolar”, destaca o documento.
Os indicadores ambientais na região mostram avanços na criação de unidades de conservação e no reconhecimento de terras indígenas. No entanto, o desmatamento ainda ameaça a floresta e a biodiversidade. O Brasil é apontado como responsável por 72% do desmate anual da Amazônia, seguido pela Venezuela (12,5%) e pelo Peru (4,7%). Os autores reconhecem, no entanto, que a participação brasileira pode estar superestimada pela falta de dados de outros países. “Nem todos os países amazônicos têm um sistema de monitoramento anual do desmatamento”, diz o texto. Até o fim de 2011, a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg) deve divulgar mapas mais atualizados da floresta, com indicadores de desmatamento, exploração de gás e óleo e outras pressões.

Um comentário:

  1. Olá, vocês estiveram hoje aqui na loja da DHL da Pça da República, adorei você e o simpático Freeway !!
    Serão sempre muito bem vindos aqui, um abraço,

    Vanuza Simões.

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